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Este mapa encontra-se no [Atlas da costa do Brasil], cuja autoria é de João Teixeira Albernaz, o Velho. Ele é acompanhado de mais dois mapas do Espírito Santo. A obra está na Biblioteca Nacional de Portugal, em Lisboa.
Junto com o mapa, há a seguinte descrição:
Continua-se a costa do Spirito Santo ate a ponta do rio doce. O Porto do Spirito Santo esta em altura de 20 graos largo. He muito bom porto; na entrada da Barra tem quatro ate sinco braças de fundo, e dentro surgem em três braços.
Os topônimos presentes no mapa são:
- Porto do Spirito Santo
- de Leonardo fróes
- de francisco daguiar
- Trepiche
- do Azeredo
- Paõ de asucar
- Vila velha
- Ilha escaluada
- morro de joaõ moreno
- São tiago
- Misericórdia
- Matris
- Vigia
- São bento
- Forte
- Vila do Spirito Santo
- Ilha de dom Jorge
- rio moroype
- enceada de área
- Ponta do tubaraõ
- serras do mestre aluaro
- Aldeas dos Reis magos
- rio dos reis magos
- Reis magos
- rio doce
- Aqui acaba a Capitania do Spirito Santo e começa a de Porto Seguro para o norte
A obra de 1646, portanto, é relativamente diferente das anteriores, feitas na mesma década. Por estarem dentro da própria carta, sua descrição é reduzida, mas ainda traz informações relevantes.
No segundo mapa, não há muitas informações na descrição, além de sua latitude, a existência do Porto do Espírito Santo, que “he muito bom porto”, e a profundidade da entrada da barra, essencial para navegantes.
Interessantemente, o mapa de 1642 é um dos poucos a detalhar tão bem o interior da vila de Vitória. Ali é possível ver cinco igrejas e mais duas construções sem identificação. À exceção do mapa da Real Academia de la Historia, visto aqui no segundo capítulo, não há outra representação da sede da capitania igual a essa. É verdade que aquele, de ca. 1608-1616 é ainda mais impressionante, graças à sua escala (ca. 1:25 000), muito maior que a do mapa de Albernaz (ca. 1:280 000). Ainda assim, este continua um dos mais completos que há da capitania no século XVII.
As igrejas são as mesmas encontradas no mapa da Real Academia de la Historia, da Espanha (ver tópico 2.3.2), e aparecem neste mapa, da esquerda para a direita: “S. Tiago”, ou Colégio de Santiago, dos jesuítas; “Miziricordia”, ou Igreja da Misericórdia, onde acredita-se que tenha sido enterrado Vasco Fernandes Coutinho[1]; “S. Francisco”, o convento dos franciscanos; “Matris” ou Igreja Matriz, dedicada a Nossa Senhora da Vitória; e “S. bento”, igreja que marcou a presença dos beneditinos no Espírito Santo.
Há também uma “Vigia” no que parece ser o maciço central da ilha, que não é distante da vila. A vigia foi desenhada também nos mapas posteriores. Há relatos de que o maciço central foi usado no período colonial como vigia, pois é possível enxergar todos os ângulos ao redor da ilha.
Nesta obra, este mapa é acompanhado de mais dois mapas do Espírito Santo, como pode ser visto abaixo. Cada um deles é acompanhado de uma página com uma descrição do mapa. Clique para acessar informações de cada um: